Prêmio Educador Transformador: professora do campus Salvador é 1ª colocada em etapa estadual

Prêmio Educador Transformador: professora do campus Salvador é 1ª colocada em etapa estadualO trabalho “Um Dispositivo Detector de Parkinson”, orientado pela professora Rafaelle Souza, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), campus Salvador, alcançou o primeiro lugar na categoria educação profissional na etapa estadual do Prêmio Educador Transformador. A informação foi divulgada na última quarta-feira (20), por meio de videoconferência no Google Meet.

O projeto de extensão foi realizado pela aluna Dalila Andrade, do segundo ano do curso técnico de Mecânica e coorientado pela médica e doutoranda da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Rayane Barbosa. Trata-se de um dispositivo com Arduino que usa a física e linguagem de programação para detectar os tremores provenientes do Parkinson. De acordo com Rafaelle, o trabalho enfatiza “na forma inovadora de otimizar a interdisciplinaridade no ensino de física. A principal inovação educacional do projeto consiste na abordagem dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de forma prática e tecnológica, partindo de problemas reais, com a utilização de kits de Arduino”.

Prêmio Educador Transformador: professora do campus Salvador é 1ª colocada em etapa estadualRafaelle destaca que discutir tópicos da física de acordo com os problemas e situações reais faz os/as estudantes serem preparados/as não apenas para os desafios acadêmicos, mas também para os da vida adulta, “ajudando-os a se tornarem cidadãos mais conscientes, preparados para tomar decisões importantes e para o mundo profissional. Práticas como essa desenvolvida colaboram para a descoberta de novos recursos educacionais práticos, exemplos tangíveis de conceitos abstratos, estímulo à experimentação e desenvolvimento de habilidades técnicas, além de oportunidades para integração de disciplinas. Essas práticas enriquecem o ensino e promovem uma aprendizagem mais significativa e envolvente para os alunos. Sinto-me realizada em ser proponente de projetos inovadores e de ver meus alunos alcançando voos altos aspectos que a gente só aprende fazendo e eles tiveram essa oportunidade com o projeto”, lembra.

Para esta etapa foram escolhidos os projetos que representam os 26 estados e o Distrito Federal, divididos nas sete categorias da premiação (educação infantil, ensino fundamental anos iniciais, ensino fundamental anos finais, ensino médio regular, educação profissional, educação de jovens e adultos e educação superior). Os primeiros colocados de cada categoria seguirão para a próxima etapa de seleção, a regional.

Os projetos vencedores regionais serão divulgados no próximo dia 5 de abril. Já os nacionais serão divulgados durante a Bett Brasil, que ocorrerá de 23 a 26 de abril, na Expo Center Norte, em São Paulo. 

O objetivo do prêmio é valorizar e divulgar projetos e educadores/as transformadores/as de todo Brasil, que desenvolvem projetos inovadores e mobilizam seus alunos/as em situações do dia a dia, descobrindo problemas e oportunidades, transformando ideias e formulando respostas para problemas reais da vida. 

Professores/as de instituições de ensino públicas ou privadas estão participando da iniciativa. Considerado o maior prêmio de educação empreendedora do país, a realização é do  Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Bett Brasil e Instituto Significare.

Prêmio na Febrace 2024

 Febrace_2024_campusssaOutro projeto também foi premiado durante a 22ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que aconteceu entre os dias 18 a 22 de março. Trata-se do “TechPark: Divulgação de Tecnologias Assistivas para Parkinson”, também de autoria da estudante Dalila Andrade e orientação da professora Rafaelle, com coorientação da médica Rayane Barbosa. O projeto ganhou o Prêmio Fórum CCNTs (condições crônicas não transmissíveis) e o convite para a publicação do trabalho no site do Fórum CCNTs. 

Rafaelle explica que o projeto ‘TechPark’ teve duas frentes de atuação. “Disseminar conhecimento sobre as tecnologias assistivas existentes visando conscientizar e oferecer acesso a recursos para pacientes com Parkinson e seus cuidadores; Colaborar com pacientes e profissionais de saúde para projetar dispositivos personalizados que atendam às necessidades individuais dos pacientes. A primeira frente foi configurada com a participação de diversos alunos do campus e houve a divulgação em rede social e nas unidades básicas de saúde através de um folder construído para esse fim. A segunda frente configurou-se no dispositivo que visa detectar a frequência dominante derivada dos tremores da doença de Parkinson”, pontua a docente.

Também venceram nessa categoria o projeto  Síntese e caracterização das propriedades morfológicas e magnéticas de nanopartículas de óxido de ferro com aplicações na medicina” de Apucarana (PR) e “Nanoaventura – uma jornada insulínica: utilizando um jogo digital como instrumento pedagógico para facilitar a compreensão sobre nanomedicamentos” do Rio de Janeiro (RJ).

Com informações do site IFBA – Campus Salvador